— Perguntaram quantos anos eu tenho, ainda pede para ler histórias e fazer contas de matemática.
Joyce contava os dedos:
— Já perguntei para a mamãe! Também perguntei para o tio! A Joyce já disse, até falei para o bisavô. A professora elogiou, disse que meu inglês está ótimo!
Ela cresceu na Cidade F, então, claro, o inglês dela era muito bom.
Bastava ouvir a boca de Joyce, que não parava de falar.
— É mesmo. — Ademir escutava atentamente e acenava com a cabeça, elogiando. — A Joyce é incrível, respondeu muito bem.
— Isso mesmo.
Quando entraram no carro, Joyce correu feliz para os braços de Karina:
— Mamãe!
Isso era para ser elogiada.
Karina acariciou a cabeça da filha e a beijou:
— A Joyce é maravilhosa.
Joyce sorriu, toda feliz:
— Então, posso comer sorvete hoje?
Como a saúde de Joyce era mais frágil, Karina raramente deixava ela comer coisas geladas.
Comer um sorvete era, para Joyce, uma grande recompensa.
Karina pensou por um momento:
— Claro.
— Que ótimo!
— Mas... Só pode comer mei