O clima estava começando a esquentar e, quando a luz do sol entrou no quarto, Francisca percebeu que a neve lá fora já tinha derretido bastante. Ao olhar o relógio, viu que já eram nove horas da manhã. Hoje, ela precisava ir ao hospital para tirar as ataduras.
Depois de organizar tudo para Fábio, Francisca estava prestes a sair quando ele segurou sua mão:
— Mamãe, tio Antônio é realmente o meu pai, não é?
Francisca sabia que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar essa questão e assentiu:
— É, sim.
— Mamãe, agora eu também tenho um pai, não sou mais um garoto sem pai, certo?
Os olhos de Fábio brilhavam intensamente.
Ao ouvir a expressão garoto sem pai, o coração de Francisca apertou. Nos últimos anos, ela sentia que devia muito ao filho.
— Claro que sim, nosso Fábio e Breno têm um pai e uma mãe.
Fábio continuou:
— Mamãe, hoje, quando você voltar do hospital, você pode chamar o papai para irmos juntos à escola ver o irmão? Vamos fazer uma surpresa para ele.
Francisca, ao ouvir isso