À luz do luar, Francisca ergueu os olhos para o rosto que amou por metade da vida, sua garganta ligeiramente apertada:
- Sr. Antônio, não tínhamos um acordo?
A mão de Antônio que estava em seu rosto ficou imóvel, encontrando seus olhos claros. Parecia que a qualquer momento ela poderia chorar.
Antônio não sabia por quê, mas sentiu um amargor no coração. Ele retirou a mão, afastou o cobertor e se levantou, saindo diretamente do quarto. Do lado de fora, ele ainda não conseguia esquecer o olhar estranho que Francisca lançava sobre ele.
Sr. Antônio?
Ele se sentou no carro, fumando, e ligou para Guilherme:
- Que dia é hoje?
Agora era duas da manhã e Guilherme foi acordado por uma pergunta sem sentido. Ele pensou por um momento, mas não conseguiu pensar em nada importante para o dia de hoje, então teve que se levantar e verificar.
Não havia projetos de colaboração hoje, nem nenhum feriado especial. Por acaso, ele notou uma tendência de aniversário em seu computador e só então percebeu que er