Então, Basílio a estava ajudando apenas para que ela fosse ver as rosas?
Lúcia ficou confusa. Um pensamento passou rapidamente pela sua mente: será que Basílio gostava dela? Será que o "pagamento" que ele queria era ela mesma?
Sem entender de onde vinha essa sensação, ela começou a enxergar as coisas de outro jeito. Um homem não ajudaria tanto uma mulher sem algum tipo de intenção. Não fazia sentido, não havia lógica nisso.
Basílio, percebendo claramente o rumo dos pensamentos dela, riu e explicou com calma:
— Eu já tenho alguém que gosto. Pedi para você ir porque a garota que eu gosto também ama rosas. Vocês são mulheres, o que você gostar, provavelmente ela também vai gostar.
Duas simples frases foram suficientes para dissipar completamente as dúvidas de Lúcia. Claro, ele já tinha alguém. O que ela estava imaginando? Basílio gostar dela? Isso era impossível. Ele era um homem tão bom, tão perfeito, e ela... ela, marcada por tantas feridas, mal era capaz de acreditar em algo como o amo