— Lúcia... — A voz de Sílvio tremia levemente. — Eu sei que errei.
Lúcia soltou uma risada amarga, enquanto seus olhos começavam a ficar vermelhos. — Já é tarde demais. Se está doente, cuide-se. Pare de perder tempo comigo.
Ela o empurrou novamente, abrindo a porta com firmeza:
— Vai embora.
— Está com o Basílio agora? Se apaixonou por ele?
Ao ouvir a pergunta de Sílvio, Lúcia sentiu uma mistura de tristeza e vontade de rir. Depois de tanto tempo juntos, ainda não havia confiança. Ela o olhou, e ele continuava o mesmo de sempre, como em suas lembranças. Mas ele jamais entenderia o quanto ela o amou.
No passado, ela tinha enfrentado a oposição da família para ficar com ele, um rapaz pobre. Por que ele agora achava que ela não seria capaz de apoiá-lo, de estar ao lado dele mesmo em tempos difíceis?
Sílvio sempre foi assim: cheio de presunção, sem nunca considerar os sentimentos dela.
Lúcia não entendia. Se tudo era uma mentira, por que ele não podia simplesmente explicar? Ele nunca se im