As batidas na porta ficaram mais fortes, agora acompanhadas de murmuros irritados vindos do corredor.
— Lúcia, abre logo essa porta e deixa ele entrar! — Reclamou uma vizinha. — Amanhã todo mundo trabalha, e com essa barulheira ninguém consegue dormir! Se isso continuar, vou chamar o síndico, hein!
O celular de Lúcia vibrou novamente. Outra mensagem chegou.
[Se você não abrir a porta em um minuto, vou retirar o novo investimento do Grupo Araújo.]
Aquele tom, aquele conteúdo... Lúcia não precisava pensar muito para entender quem era. Mesmo que quisesse se enganar, era impossível. Somente uma pessoa poderia ameaçá-la daquele jeito.
Ela soltou um suspiro pesado. Não era um maníaco nem algum criminoso, apenas Sílvio. Mas o alívio de saber que não estava diante de um perigo maior logo deu lugar à irritação. Ele nunca mudava. Sempre recorrendo às mesmas ameaças, sempre tentando controlá-la.
Mas, para proteger o Grupo Araújo e evitar mais problemas para Basílio, ela engoliu a raiva e, relutan