Sílvio apertava os lábios, a mente tomada por pensamentos conflitantes. Ele queria, mais do que ninguém, começar o tratamento. Mas, no momento, essa não era uma opção. Se Giovana e Arthur descobrissem a gravidade de sua doença, ele sabia que seu fim chegaria ainda mais rápido.
Ele lançou um olhar firme para o médico:
— Minha condição precisa ser mantida em total sigilo. Ninguém, absolutamente ninguém, pode saber.
— Pode ficar tranquilo, Sr. Sílvio. Tenho minha ética profissional. Respeito a privacidade dos meus pacientes.
— Depois de dois dias, eu me interno e começo o tratamento.
— Está falando sério, Sr. Sílvio? O senhor finalmente decidiu? — O vice-diretor não conseguiu esconder o tom de surpresa, misturado com alívio.
Sílvio respondeu com um sorriso leve:
— Eu também tenho alguém que amo. Quero passar o resto da minha vida com ela.
O vice-director prescreveu alguns medicamentos para controlar o avanço da doença. Sílvio, com um rosto impassível, arrancou a etiqueta da embalagem e co