Lúcia baixou a cabeça, olhando para os dedos sobre os joelhos.
Sua garganta estava apertada, dificultando a respiração.
Arrepender-se?
Claro que ela se arrependia, mas as pessoas eram assim, só aprendiam quando batiam de frente com a realidade.
Lições de vida não eram ensinadas por palavras, mas por experiências duras.
Agora, arrependida ou não, já era tarde demais, o que estava feito, estava feito. O que mais ela poderia fazer?
Lúcia forçou as lágrimas de volta e levantou os olhos, sorrindo para a mãe:
- Mãe, estou realmente bem. O médico disse que em uma semana estarei recuperada.
Sandra foi até o armário e o abriu. Tirou sua bolsa, de onde pegou um pequeno amuleto quadrado. Ela entregou a Lúcia:
- Isso aqui é um amuleto de proteção que eu e seu pai pedimos a uma famosa benzedeira. Com a correria do acidente do seu pai, acabei esquecendo de te dar. Cuide bem dele e use-o como um enfeite.
- Mãe, você ainda acredita nessas coisas?
Lúcia olhou para o amuleto na mão, pequeno, mas de