Lúcia implorava sem parar para que sua mãe resistisse só mais um pouco. Logo chegariam ao hospital, e lá poderiam salvá-la.
Sandra fez um esforço para acenar com a cabeça.
Para evitar que sua mãe adormecesse, Lúcia começou a contar piadas, chorando enquanto falava.
As piadas até eram engraçadas, mas Lúcia não conseguia rir. Na verdade, à medida que falava, as lágrimas caíam cada vez mais.
Sandra, tentando acompanhar, forçou um sorriso. Mesmo exausta, ela puxou os lábios numa tentativa de mostrar à filha que estava ouvindo.
Mas o cansaço tomou conta de Sandra de repente. Seu corpo, já tão frágil, parecia pesado demais para sustentar. Era como se suas pálpebras estivessem carregadas de chumbo, e manter os olhos abertos tornou-se uma tarefa quase impossível.
A visão dela começou a embaçar, e Lúcia, que estava bem à sua frente, começou a se multiplicar. Sandra piscava, tentando focar, mas não conseguia encontrar sua filha entre as várias imagens que enxergava.
De repente, sua mente a trans