O Dr. Arthur parecia hesitante, com uma expressão de pesar no rosto. Ele olhou para Lúcia como se quisesse dizer algo, mas não soubesse por onde começar.
— Por que você está me olhando assim? Fala logo, a cirurgia do meu pai foi bem-sucedida ou não? — Lúcia já pressentia que algo estava errado, seu rosto mostrava crescente ansiedade, e seu tom tornou-se mais incisivo enquanto encarava o Dr. Arthur.
O médico tentou prepará-la:
— Sra. Lúcia, você precisa se preparar emocionalmente. Mantenha-se firme.
Ela respirou fundo, sentindo o coração acelerar e o nervosismo tomar conta.
— Certo, estou pronta.
— O Sr. Abelardo...
— O que aconteceu com ele? — Lúcia o interrompeu, já sem paciência.
— O Sr. Abelardo não resistiu. Ele faleceu na mesa de cirurgia.
Aquelas palavras caíram sobre Lúcia como um raio, deixando-a completamente atordoada. O mundo ao seu redor parecia girar. Ela estendeu a mão, buscando apoio contra a parede fria do corredor.
— Meu pai... Morreu... — Murmurou, quase sem voz.
O Dr