Lúcia levantou os olhos, nervosa, apertando o cabo da colher com mais força.
Sílvio, de braços cruzados, estava sentado do outro lado da mesa, vestindo um terno impecável que destacava sua presença imponente. Ele exalava a aura de um verdadeiro líder, alguém acostumado ao poder.
No rosto dele, não havia traços de qualquer emoção, o que fazia o coração de Lúcia bater acelerado. Ainda assim, ela decidiu falar:
— Eu e o Basílio não temos nada, somos apenas amigos.
— E quanto ao rapaz mudo, ele já está morto. Eu o vi apenas uma vez e nem lembro mais de sua aparência. Nunca tive nenhum envolvimento inadequado com ele. Sílvio, estou dizendo a verdade. Se não acredita, pode investigar. — Disse Lúcia, mordendo o lábio, tentando manter a calma.
Sílvio estreitou os olhos, observando-a de forma penetrante:
— Por que veio me procurar? O que realmente quer?
Ele sabia que ela não estava ali apenas para se explicar. Mas, de certa forma, o fato de Lúcia estar se esforçando por ele lhe agradava, ainda