Lúcia, claro, não acreditava nas palavras de Sílvio.
Sua mãe lhe disse que foi Sílvio quem empurrou seu pai, e ela conhecia bem a integridade da mãe, Sandra jamais acusaria alguém injustamente.
Além disso, Sílvio odiava tanto seu pai que não seria exagero dizer que ele tinha vontade de matá-lo. Empurrá-lo parecia completamente plausível.
O que Lúcia não esperava era que ele trouxesse esse assunto à tona por vontade própria.
Ela permaneceu em silêncio, enquanto Sílvio dirigia. Depois de algum tempo, ele repetiu:
— Eu juro que não o empurrei.
Empurrou ou não, isso já não parecia mais importante. Afinal, o fato estava consumado.
Ela não conseguia entender a lógica de Sílvio. Mesmo que ele tivesse empurrado, o que ela poderia fazer? Nada mudaria. Então por que ele insistia em encenar esse teatro na frente dela?
De repente, a atmosfera no carro ficou extremamente pesada, a ponto de sufocar Lúcia.
— Sílvio, você pode, por favor, se manter afastado do meu pai de agora em diante? — Lúcia morde