As lágrimas rodavam nos olhos de Lúcia, até que finalmente caíram sobre a comida no prato.
Ela enxugou os olhos e, com determinação, terminou de comer todo o bacalhau com creme que estava no prato.
Quando ela estava dando a última garfada, Sandra apareceu, com um casaco jogado sobre os ombros. Ao ver os olhos vermelhos da filha, logo entendeu o que estava acontecendo:
— Você levou o jantar para ele, e ele nem agradeceu, né?
— Mãe, por que ainda está acordada tão tarde? — Lúcia piscou rapidamente e, com o prato nas mãos, foi até a cozinha para lavá-lo.
Sandra, com o coração apertado, tomou o prato das mãos da filha:
— Deixa que eu lavo. Eu e seu pai estávamos preocupados com você. Você não voltava, como a gente podia ficar tranquilo? Esse Sílvio... Ele não presta. Você foi com tanto carinho levar o jantar para ele, e olha como ele te trata? E com esse frio todo, por que não pegou um táxi? Você sempre foi sensível ao frio, e se pegar uma gripe?
Lúcia observava sua mãe lavando o prato com