Leopoldo falou enquanto abria a porta do carro e descia rapidamente.
Lúcia também saiu do carro logo atrás dele.
A fumaça espessa subia, e metade do carro montado já estava em chamas.
Lúcia demorou alguns segundos para processar o que estava acontecendo.
Ela não podia acreditar que aquele carro capotado era o de Sílvio! Sílvio, que sempre desejou vê-la morta, como poderia ter aparecido para salvá-la dessa tragédia?
Será que tudo o que havia acontecido era realmente um acidente? Não era Sílvio tentando matá-las?
Lúcia correu até o Cullinan virado de cabeça para baixo, que ainda rolava no chão.
Olhando para o banco do motorista, ela viu os airbags inflados, e o homem, preso pelo cinto de segurança, estava desacordado, os olhos bem fechados.
O sangue vermelho escorria pelo rosto marcante do homem, pingando sobre o terno escuro, que agora estava encharcado, tornando-se ainda mais opaco com as manchas de sangue.
O nariz alto e elegante dele sustentava um par de óculos, cujas lentes estavam