Ela não voltou!
Marina notou o desapontamento nos olhos dele e sorriu, sem jeito:
— Senhor, a Srta. Lúcia ainda não voltou?
Ele não queria responder a essa pergunta. Nos últimos dias, muitas pessoas haviam perguntado isso, e ele mesmo já tinha feito essa pergunta a vários outros.
— Eu não te dei folga? Por que está aqui? — Sílvio franziu a testa.
Marina sorriu ao explicar:
— Vim para limpar a casa, regar as plantas da Srta. Lúcia e alimentar o papagaio.
Sílvio se virou e saiu da cozinha. A figura solitária do homem tocou o coração de Marina:
— Senhor, o senhor já jantou? Quer que eu prepare algo simples?
— Não precisa. Quando terminar, pode ir embora.
A voz fria de Sílvio soou no ar, como a de um rei solitário.
Ele olhou para as plantas no canto, ainda murchas e sem vida, quase mortas.
Abriu a janela de vidro da varanda, e o vento frio soprou no papagaio que, naquele momento, estava arrumando as penas com o bico.
Ao ouvir os passos, o pássaro levantou a cabeça. Ao ver Sílvio, seus ol