Sílvio sentiu o peso aumentar em seu peito, mas não disse nada, apenas entrou no quarto de hospital com passos largos e decididos.
Giovana estava de costas para ele, vestindo o uniforme do hospital, a figura frágil e lamentável.
Ele se aproximou sem expressão, contornando-a até ficar de frente para ela. Seus olhos imediatamente captaram as lágrimas secas no curativo, e então ele baixou o olhar para o pulso dela, envolto em bandagens apertadas, com manchas de sangue que salpicavam o tecido de forma alarmante.
— Você prometeu que cooperaria com os médicos e tomaria os remédios, então por que está fazendo isso de novo? — Disse Sílvio, franzindo o cenho enquanto puxava uma cadeira para se sentar em frente a ela.
Giovana olhou para ele com uma tristeza profunda nos olhos.
— Eu sou um fardo, não sou?
— Não é. — Respondeu ele com firmeza. — Eu vou restaurar seu rosto. E vou encontrar quem fez isso com você.
Giovana soltou um riso cínico:
— E depois? O que vai fazer?
— Vou fazer essa pessoa