Mas a razão rapidamente voltou à tona: se ela atendesse o telefone, o que diria?
Antes, ela era ingênua, não sabia de nada, por isso amava sem reservas. Ela não sabia que Sílvio só a usava e desprezava!
Agora, ela entendia tudo. Seu pai havia tirado a vida dos pais dele, e agora ele estava paralisado, incapaz de acordar!
Ela sabia que tinha uma doença terminal e que carregava um filho no ventre. E, mesmo assim, ele a forçava a tomar remédios proibidos!
Não havia mais volta, tudo já estava perdido há muito tempo!
Lúcia, que estava prestes a atender, retirou o dedo da tela e desligou o telefone. Em seguida, bloqueou o número de Sílvio. Ela não queria vê-lo, muito menos ouvir sua voz. Nada disso.
Depois de esperar um bom tempo, a pessoa misteriosa não apareceu.
Lúcia achou estranho. Os corvos voavam em círculos no céu, soltando gritos cada vez mais tristes.
Ela encontrou a mensagem anônima e ligou novamente para o misterioso contato. Desta vez, a chamada foi atendida!
— Você chegou? Eu