Dentro da suíte presidencial do hotel, Sílvio não conseguia dormir direito.
Assim que pegou no sono, teve um pesadelo, sonhou que algo ruim acontecia com Lúcia, e acordou sobressaltado.
Ele olhou para o relógio, ainda eram oito e quarenta. Desde a noite anterior, ele só havia dormido por duas horas.
Depois de se levantar do sofá, Sílvio lavou o rosto, tomou um copo de água e acendeu um cigarro.
Ele havia planejado o dia com várias atividades. Lúcia adorava tirar fotos, ele se lembrava de como, naquela época, ela elogiava o trabalho da fotógrafa que fazia as fotos com flores, dizendo que as fotos saíam tão bonitas que nem precisavam de retoques.
Sílvio, na verdade, sabia o verdadeiro motivo: não era só a habilidade da fotógrafa, mas a beleza natural de Lúcia, com sua pele macia e traços delicados, que fazia as fotos ficarem incríveis.
Quando a pessoa era bonita, qualquer foto ficava boa; mas quando era feia, não adiantava nem caprichar, porque o resultado não mudava.
Mas ele nunca