— Sílvio, vou te perguntar uma última vez: se um dia eu desaparecer da sua vida para sempre... — Lúcia ainda não desistira, precisava fazer aquela pergunta.
Mas antes que ela pudesse terminar a frase, ele a interrompeu, impaciente:
— Lúcia, estou muito ocupado para ouvir essas bobagens.
Então, sua vida, sua saúde, eram apenas bobagens para ele. A frieza e a indiferença de Sílvio perfuraram seu coração como uma lâmina gelada. Sua alma estava despedaçada, sangrando, mas Sílvio não conseguia ver!
E mesmo que visse, Lúcia duvidava que ele se importaria.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, viu que ele, impaciente, já se levantava para ir embora:
— Quando você tiver pensado bem, então conversamos.
Era óbvio que ele estava ali para forçá-la a se submeter.
Sílvio achava que, ao aceitar ter o filho, Lúcia já havia cedido. Mas, para sua surpresa, ela tinha mais a dizer.
— Eu posso ter esse filho! Mas tenho condições! — Ela falou olhando para as costas dele, com firmeza.
Ele parou abru