Sílvio não disse mais nada. Terminou o café da manhã, trocou o pijama por um terno executivo, colocou o relógio de pulso e, sentado no banco do hall, calçou os sapatos pretos que Lúcia havia polido até brilharem. Pegou a pasta e desceu para o trabalho.
Lúcia, após o café, foi à cozinha lavar a louça. Depois de limpar a casa, desceu para jogar o lixo fora e pegou um táxi para o hospital.
Antes de ir ao hospital, preparou uma mochila com uma garrafa de água, toalha e roupas de troca, pois precisaria ficar internada após o aborto. Precisava encontrar uma desculpa para enganar Sílvio.
Ao chegar ao hospital, o médico a viu e suspirou de alívio:
— Srta. Lúcia, finalmente você chegou. Pensei que não viria hoje.
— Como eu poderia não vir? Meu corpo não aguenta mais esperar, né? — Lúcia sorriu amargamente.
O médico lhe deu uma guia para a cirurgia e a instruiu a pagar na recepção do térreo.
Lúcia pegou o elevador e desceu. A fila no guichê de pagamento era longa, esperou por vinte minutos até