Lúcia apertava o celular com força, os dedos cada vez mais tensos. Ela não sabia como contar à mãe que Sílvio a tinha enganado novamente.
A mãe continuava a falar, e ela ouvia em silêncio, cheia de culpa. A família Baptista estava naquela situação, e o pai dela estava daquele jeito, tudo por culpa dela.
— Mãe, não se preocupe, amanhã eu consigo o dinheiro. — Lúcia disse, sentindo-se insegura e com medo de que a mãe percebesse. Desligou rapidamente.
Ela então enviou uma mensagem para Sílvio:
[O diretor do hospital disse que, se o pagamento não for feito amanhã, eles vão parar o tratamento do meu pai. Sílvio, por favor, não brinque mais, pode ser?]
[Sílvio, eu errei, não está bom assim? O que preciso fazer para você transferir o dinheiro para o meu pai?]
Nenhuma resposta veio. Na manhã seguinte, ainda não havia resposta.
Ela pensou em ligar para ele, mas temia perturbá-lo e tornar a situação ainda pior. Agonizou sozinha até o amanhecer. Por volta das nove da manhã, finalmente ligou para