Era apenas uma questão de tempo.
Os dois trocaram um olhar, sem precisar dizer nada explicitamente.
No entanto, no fundo de seus corações, eles chegaram a um entendimento tácito de cooperação.
Valentina tinha apenas queimado a mão, mas Mateus estava exagerando, não a deixando sair do hospital.
Valentina protestou:
- É apenas uma queimadura. Seguindo as instruções médicas e trocando o curativo na hora certa, não preciso ficar internada... Certo?
Era uma conduta perfeitamente normal, mas sob o olhar de Mateus, Valentina foi perdendo a confiança à medida que falava.
Mateus, com uma expressão séria, disse:
- Como assim, apenas uma queimadura? A bolha nas costas da sua mão é enorme. E se deixar uma cicatriz? E se doer? E se a ferida entrar em contato com a água, piorar e infectar...? E se...
- Tá bom, eu fico, eu fico no hospital, tá bom? - Valentina interrompeu, impaciente.
Se ele continuasse, logo ela estaria amputando a mão e correndo risco de vida.
Valentina não pôde deixar de revirar o