Nunca, em toda a minha vida, eu tinha deixado mulher nenhuma dormir na minha cama. Nunca permiti que se aproximassem tanto, nunca deixei que invadissem meu espaço. Mas essa garota do caralho... Essa maldita conseguiu. E o pior? Eu deixei. A raiva queimava no meu peito, correndo pelo meu corpo como fogo em gasolina. Eu não conseguia entender por que diabos estava me sentindo assim. O que essa desgraçada tinha feito comigo? Passei um bom tempo trancado no escritório, focado no trabalho, tentando enfiar na minha cabeça que aquilo não significava nada. Nada. Mas a porra do gosto dela ainda estava na minha boca. Meu travesseiro ainda tinha o cheiro dela. E essa merda me irritava ainda mais. Cada vez que a lembrança do beijo voltava, eu me sentia um merda. Como é que eu tinha deixado isso acontecer? Como diabos eu, Falcão, tinha baixado a guarda para uma garota como ela? O tempo passou enquanto eu me forçava a ignorar essa merda toda. Mas, claro, como se o dia já não estivesse uma desgraça,