Se encontraram com um bando de motociclistas. Raul instintivamente gritou:
- Não presta atenção por onde anda, mulher, você tem cérebro?
Eulália já estava acostumada com seu mau humor e sua boca suja, então ignorou isso.
- Você está ferido, é grave?
- Não vou morrer. - Raul realmente estava irritado. Se a faca tivesse atingido essa mulher, não teria doído pra valer? Com certeza ela teria chorado ainda mais.
Ele ainda queria xingar, mas ao ver a preocupação em seu rosto e as palavras presas na ponta da língua, engoliu o que ia dizer.
Maldição, quando essa mulher já se importou com ele? De qualquer forma, valeu a pena.
- Vamos para o hospital. - Eulália disse, procurando as chaves do carro na bolsa. O carro estava no estacionamento, perto de casa, então ela costumava ir a pé para o trabalho.
Raul não queria ir para o hospital de jeito nenhum.
- Só levei um corte de faca, pra que hospital?
Ele ainda estava de mau humor, sem perceber. Ele nunca foi uma pessoa de bom humor, sempre agia co