Handall
A sala está mergulhada em penumbra, iluminada apenas pelas chamas da lareira, que dançam crepitantes e deixam o ar abafado. O ar tem cheiro fumaça e coisas queimadas. O silêncio é opressor, a tensão cresce enquanto aguardo a chegada de Maximus. Mandei que o chamassem com urgência, preciso resolver isso o quanto antes. Quando o som da porta se abrindo quebra o silêncio, demando com minha voz arrastada, carregada de frustração.
— Doze anos, Maximus. Doze anos desde que o garoto desapareceu. — Caminho em círculos ao redor da mesa de obsidiana. — E você continua me assegurando que está sob controle?
Maximus, o lobo que traiu seu próprio povo, líder da aldeia sob comando direto das bruxas, permanece em pé, os braços cruzados e a expressão fechada.
— Já revistamos todas as vilas próximas, os registros dos distritos industriais, até mesmo as aldeias independentes. Se Eron estivesse em algum lugar comum, já o teríamos encontrado. Ele se escondeu bem.
— Escondeu-se ou está sendo proteg