Ágata
Entro no carro em silêncio, e durante o caminho não trocamos nenhuma palavra, até que eu resolvo quebrar o silêncio, assim que entramos no estacionamento do aeroporto.
— Júlio?
— Oi, Ág.
— Como ele está?
— Trabalhando muito, é o primeiro a chegar, o último a sair e está trabalhando até mesmo nos finais de semana, ele é como eu, quando tem um problema que não consegue resolver, se enterra no trabalho para distrair a mente. — Seu tom de voz é triste. — Sei que sou suspeito para te dizer qualquer coisa, mas ele mudou muito por sua causa e acho que precisam conversar, independente se vão voltar a ficar juntos ou não.
Sei que eles têm razão ao me pedir para conversar com ele, mas o medo do que vou ouvir ainda é maior que o pedido deles.