75. Dezessete anos de espera
Libby
Duas e dez da manhã e eu ainda tô sentada na cama, de pernas cruzadas, olhando pra porta como uma idiota.
Brava. Carente. Louca de vontade.
Como ele consegue? Depois de um beijo daqueles, depois de eu dizer “vou ficar te esperando”, achei que tinha sido clara o suficiente, mas não… ele resolveu me deixar plantada aqui.
"Ah, Eron Peyton, você vai apagar o fogo que acendeu aqui, de um jeito ou de outro."
Eu já ia levantar pra ir atrás dele (porque, né, alguém nessa história tem que ter coragem) quando abro a porta e dou de cara com o peito dele.
Ele está ali, cabelo molhado do banho, camiseta preta colada no corpo, olhos escuros queimando.
Eu abro mais a porta, puxo ele pra dentro e bato a madeira nas costas dele.
“Você demorou. Achei que nem vinha mais.”
Ele bufa, me encosta na porta com o corpo inteiro.
“Os pirralhos não dormiam. Toda vez que eu tentava sair, aparecia um. Até minha mãe. Acho que ficaram mais espertos depois que Riuk e Rubi... bom, você sabe.”
O coração dispara q