150. Meu plano

Atlas

A dor queimava como fogo negro nas minhas veias, um pulsar constante que me lembrava de cada segundo daquela batalha patética. Eu me arrastei até o covil improvisado, uma caverna úmida nas montanhas esquecidas, longe o suficiente pra não ser rastreado, mas perto o bastante pra sentir o cheiro da fraqueza deles. Meu corpo estava destruído, ossos rangendo a cada movimento, magia esgotada como um poço seco. Riuk. Aquele bastardo adotado. Ele me drenou sem nem saber.

Eu me joguei no chão frio, as sombras ao meu redor se contorcendo como serpentes fiéis, lambendo minhas feridas. O ar estava pesado com o cheiro de sangue e medo. 

O medo dos meus próprios lobos. Eles se amontoavam no canto da caverna, olhos baixos, corpos tremendo. Idiotas. Eu os recrutei prometendo poder, prometendo o trono do Supremo, e agora olhem pra

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