Olga, aos olhos de sua mãe Raimunda, era como um investimento de baixo custo e alta rentabilidade.
Sendo filha única, com a morte de Olga, não havia mais ninguém para cuidar da Raimunda na velhice, nem para ajudá-la financeiramente, restando apenas a neta Célia, que era um verdadeiro peso morto.
Raimunda, sem meios de sustento para o futuro, ainda teria que cuidar de uma neta inútil.
Ao saber que Lúcia foi a responsável pela perda do emprego bem remunerado de sua filha, Raimunda sentiu uma raiva ardente.
Toda essa situação era culpa dela!
Raimunda, tomada pela fúria, rosnou entre dentes:
- Ela arruinou a vida da minha filha e ainda tem a ousadia de vir ao enterro! Essa vagabunda! Não vou deixar isso barato!
Raimunda olhou ao redor, procurando uma faca, mas não encontrou.
Seu corpo tremia de raiva, a indignação fervendo dentro dela. Com passos rápidos e decididos, Raimunda saiu do salão.
Giovana, que estava assistindo a cena, fingiu preocupação e gritou:
- Dona Raimunda, não faça nada