Uma semana depois…
Paris parecia não dormir. Para Sophie, os dias haviam se transformado em uma sequência interminável de flashes, instruções apressadas e reuniões com a diretoria da revista. A campanha exigia perfeição, e ela entregava cada clique com dedicação total.
De manhã à noite, seu corpo se movia como parte do mecanismo do set. A câmera era sua extensão, mas a mente vagava sempre em um mesmo nome: Matteo.
Nos intervalos, quando finalmente tinha alguns minutos, pegava o celular esperando por uma mensagem dele. Mas na maioria das vezes, encontrava apenas o silêncio da tela. Quando a resposta vinha, eram palavras curtas, quase sempre enviadas de madrugada:
"Ainda no museu. Sem tempo para respirar. Sinto sua falta."
Sophie entendia a responsabilidade dele, mas o vazio das horas sem notícias pesava. Às vezes, tinha vontade de ligar, ouvir a voz dele, mas sabia que Matteo dificilmente atenderia em meio ao caos de Veneza.
Enquanto isso, algo mais sombrio se infiltrava em sua rotina.