Li Wei
"Um tempo."
A palavra ecoou no silêncio do meu apartamento, um ricochete de dor e incredulidade. Siena, minha Siena, a mulher por quem eu havia cruzado o mundo, a mulher por quem eu estava disposto a desafiar minha família e meu império, queria "um tempo".
A dor inicial rapidamente se transformou em uma fúria gelada. Uma fúria contra Li Lin, por sua manipulação cruel. E uma fúria contra Siena, por ter caído na armadilha dela, por não confiar em nós, em mim.
Eu quebrei o telefone, jogando-o contra a parede com uma força que não sabia que possuía. O som do plástico e do vidro se estilhaçando foi brevemente satisfatório, mas o silêncio que se seguiu foi ainda pior.
Eu estava sozinho. Completamente sozinho.
Li Lin me encontrou assim, uma hora depois, sentado no escuro, cercado pelo silêncio.
—Eu soube da sua... conversa—, ela disse, a voz cautelosa.
—Você conseguiu o que queria, Lin—, eu disse, a voz vazia. —Parabéns. Você ganhou.
—Eu não queria que fosse assim, Wei.
—Não minta pa