Siena Dal
A euforia da festa de comemoração havia evaporado completamente, substituída por uma tensão densa e expectante. Meu quarto de hotel, que antes fora palco de lágrimas e planos de vingança, agora se transformara em um improvável gabinete de guerra. A palavra "juntos" de Li Wei ainda ecoava em meus ouvidos, uma promessa perigosa e, para meu horror, vagamente reconfortante.
Sofia, abalada demais para participar, havia sido levada por Lorenzo para tomar um ar, deixando-me na companhia de Luna e do homem que eu havia agredido. Era estranho. Nós três, sentados em um silêncio desconfortável, éramos uma coleção bizarra de pessoas unidas por um crime.
– Sua irmã,– eu disse, quebrando o silêncio e olhando para Luna. – A gênia da TI. Clara. Precisamos dela.
Luna assentiu, já pegando seu tablet. –Ela vai adorar isso. Um quebra-cabeça real, com consequências reais. É melhor do que qualquer um dos jogos de simulação dela.
Enquanto Luna se preparava para ligar, Li Wei falou, a voz calma. –