37. AMO O SUFICIENTE PARA DEIXA-LO
DANNA PAOLA MADERO
A mulher parada no meio do cômodo, com os braços cruzados e a expressão fechada, pareceu relaxar um pouco os ombros tensos. Ela me fitou por alguns instantes, seus olhos varreram meu corpo, desde de a bochecha roxa, aos braços um pouco expostos, acho que queria se convencer se valeria a pena.
— Muito bem, vamos repassar o que vocês já tinham em mente, vou apenas acrescentar minha participação.
— Tudo bem. — Concordei ignorando a vontade louca de gritar de alegria.
Depois de planejar todos os pontos e modificar alguns, enfim, parecia mais real pra mim.
— Se você for pega...
— Não se preocupe, nunca vou falar sobre você, morrerei negando. — Interrompi, não podia deixar que duvidasse da minha lealdade, meu pai me ensinou muito disso, no cartel, quem não era leal de certo morreria.
— Se prepare.
Balancei a cabeça freneticamente em concordância, mal podendo conter o sorriso largo, mesmo com o lábio cortado.
— Guarde esse sorriso para quando sair. Por e