Silvio entendia perfeitamente a mensagem por trás daquelas palavras.
Seu rosto estava sombrio como uma tempestade prestes a desabar, mas, no fim, só pôde assistir, impotente, enquanto elas iam embora diante de seus olhos.
Com as incômodas fora do caminho, Cris voltou a derramar lágrimas, uma atrás da outra, como se abrisse as comportas de uma represa.
Mas, dessa vez, Silvio não sentiu nem um pingo de compaixão.
Só restava cansaço. Irritação. E uma enorme vontade de desaparecer.
— Silvio, eu...
— Para de chorar. Já deu por hoje. Vou embora.
Nem sequer sugeriu levá-la ao hospital para tratar os ferimentos.
Simplesmente a ignorou e foi embora, frio, como se nada tivesse acontecido.
— Silvio... — Chamou ela, ainda tentando recuperar alguma atenção.
— Para com isso. Ele já foi. — Respondeu Vanessa, impaciente, enquanto massageava o ombro machucado. — Eu te avisei, não avisei? Amor de homem não serve pra nada. Se você tivesse me escutado e aplicado o feitiço de amarração, estaria por cima ag