Joaquim era um covarde. Um frouxo completo.
E, para Maia, não existia tipo de homem mais desprezível que esse.
Se um sujeito não consegue nem proteger a própria esposa e filha... Vai proteger quem, então?
O desprezo por ele era geral e absoluto.
Justo quando Larissa se preparava pra discar o 190, o celular dela começou a tocar.
— Alô? A Srta. Larissa? Aqui é da Polícia da Cidade A. O Sr. Rodrigues foi preso por suspeita de causar distúrbios públicos...
“Sr. Rodrigues?”
Larissa ficou sem reação. Que Sr. Rodrigues era esse? Joaquim estava ali, na frente dela. Existia outro?
Só Juliana entendeu na hora.
Assim que a ligação terminou, ela disse, com calma:
— Foi o Felipe.
Aquele nome... Joaquim conhecia bem. Talvez até bem demais.
Nas últimas semanas, a casa estava virada do avesso. Raul e Sarah brigavam dia sim, dia também, sempre aos gritos.
E o nome “Felipe” aparecia com uma frequência assustadora.
Sarah insistia que Felipe era filho bastardo de Raul, fruto de um caso antigo fora do casa