Mas… Aquele era o Bruno.
Juliana fixou o olhar nos olhos dele.
Ele sustentou o olhar, firme, não havia nenhum traço de mentira ali.
A última sombra de inquietação dentro dela desapareceu completamente.
Bruno endireitou o corpo e, com elegância, abriu a porta do carro para ela:
— Srta. Juliana, tá frio aqui fora. Vamos conversar no carro?
O banco traseiro era espaçoso.
Bruno sentou-se de frente para ela, as pernas longas levemente dobradas, com um notebook fino apoiado sobre os joelhos.
Ele passou suavemente o dorso da mão no nariz e recolocou os óculos.
A luz azulada da tela iluminava seu rosto, tornando impossível enxergar claramente seus olhos.
Por alguns instantes, o único som no carro era o da respiração dos dois e o tec-tec suave das teclas sob os dedos ágeis de Bruno.
Sem perceber, o olhar de Juliana pousou sobre ele.
Pensamentos aleatórios começaram a surgir na mente dela… Imagens inesperadas… Até aquelas lembranças constrangedoras que ela tanto queria esquecer voltaram, uma a u