A voz baixa e magnética de Bruno fez Juliana acreditar que havia ouvido errado.
Ela já tinha visto os preços dos aluguéis subirem, mas alguém insistir em reduzir o valor? Isso parecia surreal.
Será que Bruno tinha enlouquecido, ou era ela quem estava perdendo o juízo?
Com a mesma calma de sempre, Bruno continuou:
– Meu amigo só precisa desses três mil. Se o valor fosse maior, não conseguiria fechar as contas e teria que se ajoelhar sobre um ouriço em casa.
A expressão de Bruno permanecia serena, sem nenhum indício de mentira.
Embora a justificativa parecesse absurda, não era impossível.
Quem disse que filhos de famílias ricas não podiam ser submisso em casa?
Juliana esforçou-se para aceitar aquela explicação. Se recusasse novamente, seria ela a ingrata da história.
Além disso, ela não tinha planos de sair da Cidade A no momento.
Naquela mesma noite, Juliana assinou o contrato de aluguel.
Paulo, o "proprietário" do apartamento, apareceu para formalizar tudo, ainda confuso.
Embora não