13 de Janeiro, parte II

Início do romance

Marcos Souza, cidadão de uma pacata sociedade, fora perseguido inúmeras vezes por terceiros, seu sonho se tornava realidade a cada momento quando erguia financeiramente, deixava se levar, por gastos excessivos em álcool e cocaína, essa fraqueza tomava conta de sua raiz, como se fosse um veneno, como poderia ter filhos, casar, ter carro, casa, um operário padrão, ter uma vida confortável, se deixava levar pelo vício, pela más influências, ainda em sua juventude, várias crises existenciais tomou conta de seu ser, várias dúvidas, desde a infância frequentava um templo religioso, mas compreendia, muito mal a respeito de Cristo, em noites de insônia leu uma revista, que exaltava o poder do clero, da igreja católica, era sábio as inúmeras atrocidades que a mesma cometeu na idade média, como um pensar crítico, duvidou de forma coerente ou incoerente, se analisarmos o prisma da questão, negou todo conceito sobre Deus e Fé, pôs a se voltar a inclinações céticas, caso o catolicismo, tenha criado o livro sagrado e instaurado uma pilastra religiosa na sociedade, caso tudo passasse de uma farsa, viveríamos em dúvidas, até restruturar seu elo com o Divino, afundou-se nas bebedeiras dos jovens nas esquinas da cidade, experimentou alcaloide, canabinoide, eram os de fácil acesso, o mundo dos sonhos se tornou sua realidade, sentia um prazer insaciável de expandir ilusoriamente suas percepções, a lista de narcóticos iam aumentando, cogumelos, LSD, ectasy, MDMA, DMT, inalantes, sua negação ao supremo, fez andar por caminhos escuros, mas sua vida, já estava no livro da vida, poucos amigos estavam ao seu lado, restaram só os fiéis e leais, Deus ao seu lado atualmente e reconciliado era uma pessoa fechada, introvertida, de poucas palavras, as vezes falava o que não devia, assim como todos seres racionais estava em um labirinto, por méritos, depois de ter atrasado em muitas matérias na faculdade, devido a surtos psicóticos segundo a ciência e extrapolar no consumo de entorpecente, atrasou-se, mas era um dos destaques do curso, animava a todos, levantava o astral da turma, um fato peculiar, era seus grandes cabelos, que poucas mulheres e homens achavam belo, até que cortou a cabeleiro e deu a namorada, recebeu vários elogios das mulheres, com o novo visual, o que deixou confuso, não é a beleza física que se sentia atraído, era a conexão com o campo platônico, dois seres unidos pelo intelecto.

Outro amigo que atrasou na academia, disse algo importante depois de apresentar o trabalho de conclusão de curso.

– Entreguei nas mãos de Deus.

Algo clareou em si, como, Deus a fé o universo poderiam estar atrelados se nas igrejas eram templos de pessoas mercenárias, de falsos profetas que visam lucros.

“- Acaso Deus existe.”

Estava em um labirinto, estava extremamente difícil apresentar o trabalho final, fez o mesmo que seu amigo, entrou sua vida acadêmica, pessoal e profissional e espiritual nas mãos de Deus, logo após recebeu a confirmação em uma leitura, transpassou em sua mente, que ele estava sendo batizado, pelo espírito e pelo fogo, pois sabia que o templo de Deus é nossa matéria, nossa alma, entraves foram desfeitos no decorrer do tempo, as igrejas estavam contaminadas por homens frívolos, de valores distorcidos, teve êxito em sua formatura. Agradeceu em seu íntimo ao Superior, a batalha continuava dia aós dia.

Aquele divisor de águas, o caminho que pegara a esquerda, com aquela linda mulher, despiram-se por prazer, mas em seu peito latejava a esperança de um amor, um amor que não se importasse com questões capitais, pois o Senhor, abençoou sete vezes seus dons, quando a glória aconteceu.

Quando o amor apareceu em sua vida, ele não estava preparado, para digerir totalmente essas emoções, surgiu sorrateiramente, em um encontro, entre conversas, sua namorada se tornou leal amiga, ele era uma pessoa verdadeira, mesmo caindo em ciladas da vida, a moça era uma cristã convicta, possuía um tipo de vestimenta proveniente de dogmas da religião, ele estava, naquela fase cética, suas ideias mirabolantes de doutrinadores, estigmatizando o pensar humano, entender de um irmão ser chamado de ovelha ou cordeiro e ser guiado por um pastor, isso para ele era totalmente abominável, eram calhordas de terno e gravata e o livro santo, sendo usado como escudo perante as injúrias sociais, não vislumbrava a verdade nesses homens que para entrar em comunhão com o supremo, teria que ter hora marcada e dia, tentava explica o famoso efeito ovelha, onde todos vão ser controlados pela corja daqueles que estão a frente no templo, atrás do púlpito, emitindo sia visão restrita com argumentos agressivos, em prol do dinheiro, dos fiéis, ao qual ele percebia em ter pouco conhecimento sobre a verdade, que por sua vez era demasiada simples, Cristo és o caminho, a verdade e a vida, mas entre um beijo e outro, sua namorada também sofrera perseguição, foi-se embora, não fazendo o papel de vítima, mas aquele demônio que tentava perverter, fora preso em uma esfera de metais.

Nos dias atuais, sua Fé cresceu imensuravelmente, pela rua avistou uma bela mulher, da pele negra, de uma miscigenação da cor nacional, belos pés ao qual sentiu atraído, os homens possuem esse tipo de fetiche, iniciaram uma conversa, naquele ponto de ônibus, os dois, estavam de encontro a Deus, ela mencionou algo que chamou muita sua atenção, os falsos profetas, ele percebeu uma aparência, no rosto dela que lembrava Juliana e pergunta em sequência.

– Você lembra Juliana. É irmã dela? Ela está bem?

– Sim, sou irmã dela, Deus levou para o lado Dele.

Tinha ouvido uma conversa por alto, mas não se ateve, nesse instante, iniciou uma verdadeira paixão, que se transformou em amor, a conversa, era agradável se encontrava todos os dias, a amizade desencadeou moralmente, ambos se completavam, aquele calor que emanava dela para seu corpo, não era só de paixão, desatou o não, esperou o momento de iniciar o namoro, ambos não tinha se beijados, porém, ela se tornou reservada, acanhada, não saía para rua, acometida por uma saúde frágil, vivia em constante oração, ela possuía seus flagelos, assim como ele possuía suas vicissitudes, não existia perfeição aos homens, por ele, queria estar mais próximo do pensar divino, a cada instante, ele se sentiu desprezado, por Ana Clara, mulher de belos black power, mas a mesma fora sincera, disse que se ausentaria, mas aquela sensação de ausência, tornava terrível.

Apesar de seu enigma pessoal, perante o cosmo ter se resolvido, uma incredulidade referente a Tomé de acreditar com os próprios olhos tomavam conta de sua existência

Tudo estava resolvido, A promessa de Cristo na vida de Marcos Souzas, se concretizou, agora outra batalha em nome do Senhor se levantava, não derramaria sangue, mas disseminaria o saber coerente, coeso, ao pé da letra, a sociedade de Cristã queira sim, queira não, elegeram um monstro para governar a nação, um fascista em uma conspiração governamental, um ensaio do Juízo Final, acontecia perceptível na mentes dos homens, era um passado que iria se repetir, vários líderes mundiais fascistas subiram ao trono, seu dever era destronar esse império com aqueles que se usam de profeta para viver em luxo, vivia momentos incredulidade, de esperar novamente, mas o enigma já fora resolvido, assim como o segredo se concretizou, dizia “não se preocupe com mais nada, meu amado filho”.

Mas algo o angustiava, era a incerteza lembrou de Paulo de Tarso, pertencente a classe de intelectuais, publicano, perseguidor dos cristãos, essa incredulidade sumiu, pois ele em seu conforto, percebeu o quão glorioso és, seguir a voz da verdade.

No fundo da alma, derrotou um império nefasto.

Procurou sua Dama Ana Clara, a paciência se fez presente, aqueles que lançaram maldições retornaram a eles.

Deus o Ungiu Eternamente.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo