Desirée
Hoje é domingo.
Quero ver Helena.
Ligo para ela e ela atende.
– Bom dia, Helena. Como você está?
– Bom dia Desirée. Estou bem e você?
– Tudo certo, mas ficaria muito melhor se pudéssemos nos encontrar. Tem um parque com cachoeira numa região de interior aqui da cidade. Você gostaria de um piquenique?
Ela custa uns segundos a responder, quando começo a pensar que viria uma negação, me surpreendo.
– Gostaria. Te encontro às 15h em frente ao seu prédio?
– Sim, perfeito. Pode deixar que eu organizo tudo, só precisa vir.
Tento controlar minhas emoções, mas não posso evitar sorrir descaradamente.
Fico ansiosa até o horário marcado, organizo o que vamos comer, separo protetor solar, repelente, toalha e coloco no baú da moto.
Helena aperta a campainha e eu desço.
Nos abraçamos e conversamos.
– Vamos na minha moto? – pergunto.
Ela olha para a moto surpresa, faz uma espécie de vistoria e responde.
– Só se você correr.
Automaticamente penso: que mulher!
Ela está com um short jeans e uma