Caio não se lembrava de como havia voltado ao hospital. Quando percebeu, já estava sentado ao lado da cama de Maia, o rosto coberto de lágrimas.
Maia continuava deitada, com os olhos fechados, tão silenciosa que parecia ausente de tudo. Apenas o leve movimento de seu peito provava que ela ainda estava viva.
Caio olhou para os traços serenos de seu rosto e não conseguiu conter o choro. Ele cobriu o rosto com as mãos, sentindo o peso esmagador da culpa. Nana estava certa.
Por mais que Nana e Vasco fossem monstros, o que ele havia feito a Maia era ainda pior. Ele sabia disso. Como tudo podia ter chegado a esse ponto? Ele realmente a amava no começo. Então, como foi capaz de machucá-la tanto?s
Ele se lembrou de cada erro, cada escolha que levou Maia até ali. Se ele não tivesse ido à festa de aniversário com Nana... Se ele não tivesse discutido com Maia naquele dia... Se ele não tivesse deixado Maia para trás durante a viagem de esqui...
O quarto estava mergulhado em um silêncio pesado, int