— Como ela teve a coragem! — Caio gritou, enquanto arremessava o copo de vidro que estava em sua mão contra a parede. O som da explosão ecoou pelo quarto, pedaços se espalharam pelo chão, refletindo a fúria que queimava em seus olhos. Ele cerrou os punhos com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos.
— Nana... — Ele murmurou entre os dentes, a raiva pulsando em sua voz. — Eu vou fazer você pagar por isso.
Seus passos o levaram de volta ao quarto de Maia. Por trás da porta, ele ainda podia ouvir as vozes de Nana e Vasco, completamente alheios ao perigo que os cercava.
— Olha só pra essas pernas dela. — Zombou Nana, com desprezo. — Que coisa mais nojenta. Essas feridas são horríveis.
Vasco soltou uma risada debochada:
— Quem mandou ela querer morrer? Eu nem tinha intenção de cuidar direito dessas pernas podres. E o mais engraçado é que ela aguenta tudo. Outro dia, eu até usei uma pinça pra cutucar as feridas dela, só pra ver se ela gritava de dor. Mas ela ficou calada, mesmo