Damon
Edgar entrou na sala com passos despreocupados, as mãos nos bolsos do jeans e um sorriso debochado no rosto. Ele olhou ao redor da sala comercial, analisando o espaço vazio, as paredes brancas e o chão de cimento polido, sem móveis, sem quadros, sem vida. Então, soltou uma risada curta.
— Gostei da decoração minimalista. Bem moderno.
Revirei os olhos, cruzando os braços.
— Engraçado. Eu te chamei aqui para falar de negócios, não para criticar meu gosto decorativo.
— Que gosto? — ele rebateu, jogando-se em uma das cadeiras dobráveis que eu havia trazido apenas para não parecer que estávamos conversando no meio de um galpão abandonado.
Ignorei. Não porque ele não tinha razão, mas porque eu sabia que se deixasse, ele me enrolaria até o final do dia sem que eu dissesse o que realmente queria.
Respirei fundo, apoiando as mãos no tampo da mesa improvisada entre nós.
— Eu quero abrir um negócio com você.
Edgar arqueou uma sobrancelha, finalmente prestando atenção de verdade.
— Você que