- Zé, já chegou em casa? - A voz de Carolina era suave e doce.
José olhou para a porta e respondeu em voz baixa:
- Cheguei em casa.
- Então, amanhã de manhã, você pode me levar para o trabalho? - Carolina riu levemente, com um tom manhoso.
José tomou um gole de água.
- Eu te pego depois do trabalho.
Ele precisava ir à prisão de manhã.
- Não, por favor, me leve para o trabalho! E depois me pega na saída, vamos jantar juntos, pode ser? -O tom de Carolina ficou ainda mais suplicante.
José começou a perder a paciência.
- Carolina, não me peça para fazer algo que eu não quero fazer.
Do outro lado da linha, houve um silêncio, seguido por uma pergunta:
- E o que é que você quer fazer?
José esfregou a testa, se sentindo irritado.
- Eu te pego depois do trabalho, vou encerrar. - Dizendo isso, ele encerrou a chamada.
Do lado de fora da cozinha privativa, um Rolls-Royce preto estava estacionado.
Dentro do carro, Carolina segurava o telefone com força, ouvindo apenas o tom de desligamento.
“Jo