Bruno finalmente entendeu o que era provar do próprio veneno.
Foi ele mesmo quem gastou até a última gota do amor que Mariana sentia por ele.
— Eu sei que fiz muita coisa errada com você. Na época, fui burro demais. Agora eu percebo que, na verdade, eu me importo muito mais com você do que com a Luísa!
O discurso parecia cheio de emoção, quase grandioso, mas para Mariana aquilo soava só como uma piada.
“É porque eu estou grávida?”
Bruno se esforçou para entender os sinais, depois balançou a cabeça, decidido:
— Não tem nada a ver com o bebê. Quando vim atrás de você, nem sabia da gravidez. Eu vim por sua causa.
Mariana mantinha aquele sorriso leve, de quem parece feliz à primeira vista, mas de perto era fácil ver a distância no olhar.
Ela fez outro sinal:
“Então talvez o que você precise seja de uma babá que aguenta tudo calada.”
Bruno ficou sem reação. Quis rebater, mas simplesmente não encontrou palavras.
Quando percebeu, Mariana já tinha descido as escadas e ido embora.
Ele ficou fru