Quando Mariana acordou, sentiu a cabeça pesada e girando.
Bastou lembrar do que tinha acontecido antes de desmaiar para ficar completamente alerta, foi a Luísa, foi ela quem a sequestrou.
Só de pensar que, em algum canto onde ninguém podia ver, Luísa vinha seguindo e esperando o momento certo pra agir, Mariana sentiu um arrepio na espinha.
A porta do chalé rangeu quando foi aberta. Luísa entrou com um sorriso estranho no rosto, arrastando um pedaço longo de madeira.
Mariana, apavorada, tentou se afastar, sem tirar os olhos daquele pedaço de pau, com uma sensação péssima no peito.
Ela gritou, tentando convencer Luísa a parar.
— Cala a boca! — Luísa explodiu do nada e bateu com força o pedaço de pau no chão. — Eu só te amarrei porque quero pedir dinheiro pro Bruno. Se ficar quietinha, talvez eu ainda deixe você viva. Se não...
O rosto bonito de Luísa já estava todo marcado pelo cansaço da fuga. Ver Mariana agora, tão iluminada, segura de si, completamente diferente da moça retraída de an