Mundo de ficçãoIniciar sessãoIsabela
Uma tristeza invadio o meu coração, amar alguém cujo o coração é de outra. — Lucas ainda sofre por sua ex-noiva, aquela que o deixou no altar pelo irmão gêmeo dele, ele só me pediu para ser sua noiva falsa… sei que é por um ano, mas mesmo assim… — Meu coração b**e forte de maneira diferente quando estou perto dele, o incrível disso tudo é que parece que conhecemos a vida toda, desde o momento que o encontrei, prefiro ocultar esse sentimento, melhor que ser ferida. — admite, revelando meus medos e inseguranças. Minha irmã me abraça dizendo que está ao meu lado independente de qualquer coisa, mas ela me dá um conselho, novamente tem a total razão! — Isabela, talvez você precise explorar esse sentimento com calma. O amor é complexo e nem sempre segue um roteiro previsível. — Mantenha em segredo, por enquanto, observe e entenda melhor o que está acontecendo dentro de você. — aconselha Alice, demonstrando sua sabedoria — Agora não permita que aquela mulher consiga o que ela quer, você tem que mostrar que mesmo sendo um noivado falso, ele é seu homem! Coloque aquela vadia em seu devido lugar! Tente informações sobre nossa irmã Camila, se ela nos odeia, temos que saber… — Sim! Encontrarei com ela e contar da nossa mãe, tem mais, certamente se envolveu com o irmão de Lucas e aquela mulher disse isso e o Lucas contou sobre, mas ela fez alguma coisa contra ela, não sei o que aconteceu. — Quero muito e planejo descobrir sobre isso! Quando perguntei sobre Edigar e o que eles acertaram… mas precisamente, queria ouvir sobretudo da história da ex-noiva ter tentado comprometê-la e revelado sobre o morro. Alice novamente contou tudo em detalhes, ela disse que o jantar foi o pior que a tal noiva chegou com os papéis nas mãos. — Ela disse que o bebê que estava na minha barriga não era do Edigar e que eu estava apenas querendo dar o golpe da barriga! — Ed, ele disse que a mãe dele se arrependeu, ela quer me ver, vou com ele e as crianças, mana, como sairemos do morro… Contei como ele iria sair do morro, foi quando Edigar voltou com as crianças, Poliana estava no pescoço dele e Pietro no colo, ele escutou e perguntou se escutou errado. “Vestido de mulher” — Sim, isso mesmo, amor! — disse Alice querendo rir. — Alice não brinca com isso! Eu não sairei do morro usando vestido rodado e salto, nem tão pouco maquiagem! — Me recuso passar por essa humilhação de ferir minha masculinidade, se alguém me ver vestido assim tira uma foto e envia para internet como vou ficar perante a minha família? Alice o abraçou, Edigar é alto e ela perto dele, é bem baixinho. Quando Alice perguntou se ele preferia sair do Morro num saco preto? Edigar olhou para ela e na hora ele entendeu a gravidade da situação! — Amor, estou compreendendo, mas é melhor você fazer isso para sua própria segurança! Não tem outra solução a não ser aceitar essa condição para que você consiga sair com vida desse morro e sem que seja barrado pelos homens que ficam lá fora a guardar as saídas! — Marcos é um verdadeiro demônio, deu ordem para matar qualquer pessoa desconhecida que adentrar no morro sem a permissão dele. — Essa pessoa será imediatamente executada para que nenhuma outra pessoa se atreva a fazer o mesmo e mostrando um exemplo para toda a comunidade que a ordem dele é lei e a lei tem que ser cumprida! Ele suspirou e falou que ela tinha toda a razão, não era momento para pensar em algo como isso, foi quando Edigar concordou com tudo. — Amor, você e minha cunhada tem toda razão e a segurança é a prioridade agora e eu não quero causar nenhum problema para vocês! Alice, por isso te amo, eu quero logo casar-me com você! — Por isso, eu quero que você venha morar comigo quanto antes, a casa nova que comprei para nós dois… Alice estava contendo lágrimas, ela recebeu dele a cópia das chaves. Edigar meu cunhado ajoelhou e beijou a mão dela, era como ter assistido ao filme de romance e eu chorando de felicidade. — Claro que aceito, eu vou morar com você em qualquer lugar do mundo que você queira ficar comigo e para sempre meu amor! — Te amo, Edigar, você é um cara incrível, aceitou os meus filhos e está esperando esse divórcio e eu quero muito me casar com você quanto antes! Eles se beijaram e as crianças cobriram o rosto dizendo ser nojento ver aquilo e quando Poliana o chamou de papai. — Posso te chamar assim? Você agora é marido da mamãe, agora é nosso Papai? Edigar sorriu para eles dizendo que sim! Então o Pietro falou o mesmo, Alice chorou ao ouvi-lo falar que era o pai dos gêmeos e juntos estarão felizes. — Sou o pai de vocês, vou cuidar desse bebê e da sua mãe e principalmente dos meus filhos que ganhei como brinde especial! — Quero um abraço de urso, vamos? O papai está chamando, venham. Novamente se abraçaram, então após toda essa emoção, o café da manhã servido a todos, estava toda arrumada e pronta para trabalho. Heleno levantou e estava pronto e fez o desjejum sem dizer uma palavra, eu o deixei, então fui ao meu quarto e estava uma bagunça! Quando lembro que ela colocou um vestido curto nele e usou a peruca que ela tinha, rimos tanto que a barriga até doeu. Tinha que contar sobre nosso pai, eles disseram que iriam passar no hospital, ela ficou nervosa e até chorou bastante e perguntando se nosso pai se feriu muito? Disse que sim, mas felizmente estava bem e foi o Marcos! Alice o xingou sendo amparada por Edigar, ele naquele momento estava sendo a força dela e o seu total consolo. Eles saíram do morro com segurança, Edgar teve que raspar a barba e cobrir o rosto com uma quantidade generosa de maquiagem para se tornar irreconhecível. Foi uma transformação impressionante, mas ainda assim parecia desengonçado ao andar de salto alto. Alice não resistiu e tirou uma selfie, capturando aquele momento inusitado. Tudo correu bem e ela estava rindo do outro lado da linha, enquanto falava com Alan, que havia dado a autorização para a saída. Em seguida, fui ao quarto de Heleno para alertar que estávamos atrasados para ir à escola, teria que ser rápido! Heleno parecia um pouco desanimado, mas se desculpou por faltar nos últimos dias. Baixou a cabeça, suspirou e confessou odiar a escola. Puxei assunto e encorajá-lo a compartilhar o que passava. Heleno hesitou por um momento, decidiu revelar detalhes. Contou-me sobre as dificuldades que estava enfrentando, as pressões do ambiente em que vivíamos e a tentação de se envolver em atividades perigosas no morro. Ele se sentia perdido e desmotivado, sem saber como lidar com tudo aquilo. Escutei atentamente cada palavra que saía da boca do meu irmão, sentindo meu coração se apertar com cada desafio que ele enfrentava. Era uma responsabilidade imensa ser a irmã mais velha e, ao mesmo tempo, uma figura materna para ele. Prometi que o ajudaria da melhor forma possível. Conversamos sobre as opções que ele tinha, buscando alternativas para se afastar das más influências e encontrar um caminho melhor para sua vida. Foi um momento de apoio mútuo, em que ele confiou em mim para compartilhar suas angústias e eu me comprometi a estar ao seu lado, lutando por seu bem-estar. — Não quero voltar aquela escola! Queria bater naqueles caras… eles ficaram me chamando de favelado pobre, bem na frente da garota que gosto! — Soquei o nariz dele, levei suspensão por três dias, mas pedi para a diretora não contar a você, mentir dizendo que contaria, ela acreditou em minhas palavras, ligaram para nosso número residencial. Atendia fingindo ser nosso pai, eu sinto muito… Fiquei surpresa, mas como assim Heleno estava apaixonado? Mas desde quando? Ele ficou envergonhado e disse que ela nunca olharia para ele por ser uma garota rica e deve gostar do valentão que pratica bullying com ele. — Pensei que você ficou com raiva de mim por nosso pai descobrir que você havia roubado, então era isso, mas esses garotos batem em você? Heleno, ele falou sobre esses filhos de ricos, até mesmo de um senador importante, ele jogou um copo de suco na cabeça dele, então ele socou o outro garoto que prometeu falar com o pai para que ele fosse expulso! — Heleno, por que não me contou nada? Sempre tem que me contar o que acontece naquela escola, irmão, sabe que você só paga a metade da bolsa porque sou professora na escola. Você precisa de cuidado para não entrar em confusões, então amanhã conversarei com a diretora! Ela tem que tomar uma atitude contra esses bullyings, não permitirei que você sofra por culpa deles! — Não irmã! Eles vão continuar, não vão me deixar em paz, eu não fiquei zangada com você e nem com o papai, só queria manter isso em segredo! Abracei-o e disse que jamais iria permitir que moleques como aqueles que têm tudo na mão atrapalhem o futuro do meu irmão! — Irmã, se eles continuarem? Eles me lançaram alimentos e já me fizeram beber água da latrina, ela viu quando eu saí do banheiro sendo zoado pelas caras…






