Thiago franziu a testa:
- Ele é muito teimoso. Já usamos todos os métodos possíveis, mas ele ainda se recusa a falar.
João, parado diante da janela, estendeu a mão para pegar alguns flocos de neve que caíam, com um sorriso sanguinário nos lábios.
Quanto mais ele se recusava a falar, mais significativo era o segredo por trás disso.
João se dirigiu pessoalmente ao porão.
O clima frio e nevado do inverno tornava o já úmido porão ainda mais frio e sombrio.
O vento gelado soprava pela janela de ferro, fazendo até os móveis sentirem frio.
O som dos passos de suas botas no chão ecoava como sinos da morte.
Dedé estava com os braços presos verticalmente por uma corrente de ferro, com os pés descalços e as pernas ensanguentadas.
Ele mantinha a cabeça baixa e os cabelos congelados cobriam a maior parte do seu rosto.
João olhou sem expressão para Dedé à sua frente:
- Ainda se recusa a falar?
Esse velho realmente aguentava muito. Estava completamente além das suas expectativas.
Todos os dedos de