Perdidos nos braços um do outro entre beijos e carícias, só perceberam a presença de uma terceira pessoa quando ouviram o barulho de algo caindo. Voltaramos rostos para a porta, vendo Marta parada no vão, fitando-os boquiaberta e com olhos arregalados.
— Ah! Desculpe... Eu não... É que... — gaguejava abaixando-se para pegar sua bolsa, que caiu tamanha a surpresa em flagra o casal se agarrando em cima da mesa.
“Droga, Marta sempre chega na hora errada”, pensou Sara desgostosa.
Observou a empregada apertar a bolsa contra o peito, o constrangimento vibrante em suas feições. Então retornou sua atenção para Rodrigo, ainda com uma mão fechada, e paralisada, em seu seio.
Ele a fitou parecendo tão insatisfeito quanto ela com a interrupção. Por um instante, ignoraram a presença de Marta e riram cúmplices, suas testas se tocando, os olhos brilhantes e contemplativos, os corações no mesmo ritmo apaixonado.
Sara suspirou ao sentir a mão de Rodrigo deslizar de seu seio para sua cintura, seu lament