Pedro me deu um beijo casto nos lábios e sorriu:
- Vamos ficar aqui para sempre?
Assenti, sem pensar duas vezes.
- Podemos fazer uma cabana no meio das árvores. Eu pesco e você cozinha.
- Deve haver cocos também.
- Podemos trabalhar no Hotel.
- E à noite contemplarmos as estrelas e dormirmos juntinhos...
- Usando camisinha, mesmo na nossa cabana no meio do mato. – Debochou.
- Claro que sim! Camisinha sempre! – Gargalhei. – Eu amo você, Pedro. E se pudesse, tirava toda esta dor de dentro de você.
- Você já cura a minha dor... Todos os dias, acredite.
- Se eu morrer quando voltarmos para Laranjeiras, por favor, sempre lembre de mim. Nunca esqueça do que vivemos aqui.
- Por que... Está falando isto? Alguém a ameaçou?
- Não... É que... Nunca se sabe o que o destino nos reservou. – Tentei emendar – Só para deixar bem claro o quanto foi bom para mim este tempo com você, longe do mundo inteiro.
Na verdade, eu tinha medo de meu pai saber a verdade, que eu não havia ido no passeio da escola. E