Senti o rosto queimar e um frio espalhar por minha espinha, parando no estômago. Meu corpo ficou completamente travado, como de costume.
Flora certamente percebeu o pânico nos meus olhos:
- Clara, está tudo bem?
- Não... Não está... – Certamente pelo nervosismo, deixei o celular cair de minhas mãos, espatifando no chão – Eu... Preciso de ajuda.
A mulher riu, de forma sarcástica:
- Mais uma vez? Voltamos no tempo?
Não falei nada. Parecia que o destino queria me pregar uma peça. A vida inteira Flora me ajudou e justo quando me pedia um favor, por mais absurdo que fosse, eu lhe negava. Eis que novamente precisava desesperadamente de socorro. E não havia a quem recorrer... A não ser ela e Pedro.
- Preciso de você! – Implorei, jogando fora toda soberba e orgulho que tive um dia.
Na verdade, nem era ela em si que poderia me ajudar. E sim Pedro, que eu sabia que era bem conhecido no ramo jurídico em Noriah Norte.
- Eu ajudo! Em troca, você fará o que pedi. Dormirá com ele.
- Será só uma vez?